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Geração Sexo Fácil

  • Marcelo Taveira
  • 26 de out. de 2016
  • 2 min de leitura

É definitivo, eu não pertenço a esta geração.

Eu não deveria ter nascido na geração: “Aquele 1% é vagabundo, safado e elas gostam!”; “Hoje eu quero trair a minha namorada”; “Lepo lepo”; “Eu vou morrer mas eu não paro de beber” dentre tantas outras.

Eu não deveria ter crescido ouvindo que os homens têm que pegar/comer as mulheres mesmo. Isso mesmo, c-o-m-e-r! E quanto mais mulheres, mais importante ou mais “foda” eu seria. Como se isso fosse me tornar mais homem.

Eu não deveria ter presenciado tantas coisas ruins nas vezes em que frequentei alguma balada/boate/festa. E não estou me referindo às drogas, pois, estas já frequentam esses ambientes há bastante tempo. Amigos conversando entre si, um se vangloriando para o outro porque beijou quinze mulheres na mesma noite, ou então da mulher que disse que é muito fácil conseguir bebida de graça do mané ali ao lado.

A geração a que eu devia pertencer é aquela que sentia frio na barriga. Que ficava por meses tentando conquistar uma pessoa, que só de segurar sua mão já causava arrepios na espinha. Naquela geração o beijo tinha valor, o sentimento era construído, mas, construído para virar amor, não para virar apenas sexo.

Ah, o sexo. Era uma coisa tão bonita. A sensação de estar se tornando íntimo da pessoa amada, de estar descobrindo o corpo do outro. A emoção de despir o corpo e a alma da pessoa amada são coisas únicas. Mas hoje, muitas vezes o sexo já acontece no primeiro encontro, independente se você conhece a pessoa há uma hora ou há um mês. Quando entram no quarto, cada um tira sua própria roupa, fazem sexo e pronto. Cada um para o seu lado, em vários casos, sequer voltam a se falar depois disso. Sexo meramente pelo prazer, pela volúpia, pelo ego.

Mas, não. Essa geração não me corrompeu!

Eu acredito que os sentimentos estão acima de tudo. Acredito que mandar flores, ursos de pelúcia, cartas, abrir a porta do carro, um jantar a dois, conversar por horas sem precisar beijar ou fazer sexo, trocar confidências, ser ombro amigo nos momentos difíceis, lutar pelo relacionamento, jamais sairão de moda. Ser romântico não é brega, não é perda de tempo, não é ser ridículo, imaturo ou infantil. Ser romântico é aquilo que está em extinção, nesta geração que trocou o amor pelo prazer, que trocou o felizes para sempre pelo tesão.

É nadar contra a maré, mas quer saber, quem quiser que me acompanhe, certos valores jamais irão mudar!

 
 
 

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