O pai que quero ser
- Marcelo Taveira
- 10 de fev. de 2017
- 2 min de leitura
Esses dias eu acordei depois de ter sonhado que ia ser pai. Me lembro que na hora da descoberta, veio aquele frio na barriga, um coração disparado, fiquei emocionado, arrepiado, mas apesar de todas essas sensações, eu fiquei feliz. Senti uma felicidade que jamais senti antes. A partir dai, na minha cabeça, eu já começava a planejar tudo o que eu gostaria de fazer com meu filho, o que eu queria proporcionar pra ele.
Eu já pensava em dar todo o meu amor para ele, mesmo que às vezes não conseguisse demonstrar isso com palavras. Queria ser o porto seguro dele, o referencial de ser humano, de profissional e na vida social. Com as minhas atitudes, queria demonstrar pra ele o que é ser um homem de fibra, de caráter e valores. Trabalhar dia e noite pra poder dar condições de uma vida segura, feliz e com o básico para ser feliz.
Sei que terei defeitos, muitos até, mas será sempre tentando ser melhor. Já planejava ser aquele paizão que apóia os sonhos e planos do filho, mas que está sempre alerta pra mostrar o caminho correto a seguir.
Queria ensiná-lo a nadar, andar de bicicleta, e mais que isso, queria ensiná-lo a ser independente, forte e responsável. Queria ensiná-lo a pescar, a como tratar outras pessoas, como sempre respeitar os mais velhos e ser honesto acima de tudo.
Já tinha sonhado bastante, naquela altura meu filho já estava por chegar. Minhas emoções eram quase incontroláveis, mesmo assim eu já me policiava, eu tinha que passar segurança para aquele que estava chegando.
Eu queria ser a melhor pessoa que eu pudesse ser, só para ouvir um "Eu te amo, pai!".
Foi aí que eu acordei daquele sonho tão gostoso. Acordei extremamente feliz, mas não apenas pelo sonho. Acordei feliz porque o pai que eu quero ser, é exatamente o pai que eu tenho. A pessoa que eu quero ser, é uma das pessoas que eu mais admiro na vida.
E é isso: Eu te amo, pai!

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