Martírios de amor

Lembro-me como se fosse ontem. Apesar de tantos anos ultrapassados, me lembro dela como se fosse ontem, ela viaja pelos meus sonhos como se ainda estivesse presente.

E talvez ela não esteja tão distante assim, talvez ela ainda esteja aqui nesse coração bobo, em algum canto. É, ela deve estar aqui dentro mesmo. Quando é amor, você pode parar de ver, pode parar de conversar, de sentir o cheiro, mas ela está aqui. Parece que eu ainda consigo ouvir suas risadas, aquele doce olhar. Ah, apenas para constar, parece que ontem mesmo andando pela rua senti seu perfume.

Às vezes me pego pensando em você, preciso assumir. Fico pensando em como estará sua vida, se seus projetos avançaram se está feliz, se está saudável. Aposto que está ainda mais linda. Sua vaidade é de uma delicadeza ímpar, tinha bom gosto para tudo. E a tortura começa quando penso em como estaríamos se ainda estivéssemos juntos. Nesses anos longe de você tanta coisa aconteceu, boas, ruins, será que teria sido diferente se estivéssemos juntos? Será que se não tivéssemos parado de remar nosso barco ainda estaria seguindo em frente?

Mas, pensar nisso é martirizar-me. É saber que o amor não morreu e que você está por aí, solta a andar pela vida.

Será que ainda pensa em mim? Será que ainda visito os seus sonhos? Será que ainda estou perdido em algum cantinho desse coração por aí?

Pensando bem, tenho medo de quaisquer que sejam as respostas para as perguntas acima. Se forem não, acabarei me afogando em saudade. Se alguma ou todas forem sim, com certeza não saberei o que fazer, afinal, todo esse amor me deixou bobo, sempre trocando os pés pelas mãos.

E depois de tudo isso, meu grande amor, só tenho a agradecer. Depois que você passou pela minha vida, me tornei uma pessoa melhor, um coração forte, batendo ansioso pelas novas experiências da vida.

E em se tratando de amor de verdade, há de se falar em eternidade. Te amo pra sempre. Talvez um dia o destino queira nos ver juntos novamente.

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